Quem sou eu

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Talvez possa me visitar daqui uma semana.
Quem sabe falemos de tudo o que passamos juntos.
Você se foi, mas as lembranças ficaram.
Boas ou más, um dia elas fizeram parte do que vivemos.

Não estou tão triste assim, é que hoje não olhei a imensidão do céu azul.
Resolvi usar aquela velha camisa e faltam alguns botões, mas não tem problema.

Evito nossas antigas fotos, por muito tempo sobre a mesa elas ficaram.
Tenho as mãos atadas ao redor do meu pescoço, e o que eu mais queria era tocar seu corpo.


O tempo é encarregado de curar todas as cicatrizes que dentro do peito estão alojadas.


É difícil querer falar o que não podem ser dito. É tão silencioso.
É como traduzir o silêncio real entre nós dois.
Certos momentos são meus segredos. Houve o que se chama de comunhão perfeita.
Eu chamo isso de estado agudo de felicidade.

Mas e agora? O que fazer com os restos de um amor que não deu certo?
O que fazer com promessas que não foram cumpridas?
Seria mesmo estado agudo de felicidade ou uma falsa visão sobre o que realmente é o amor?

Já não sei.


(Rhayani Paschoalim)

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