Quem sou eu

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O sambista e a fotografia

Quando me peguei admirando aquela fotografia,

Eu tive uma súbita vontade de cantarolar um samba,

Não sabia quem era, quantos amores tiveras,

Quimera!


Quem dera eu, um simples poeta de bamba,

Compor as canções que essa foto demanda.

Naquele retrato seu sorriso abstrato fez-se companhia.

Preencheu todo o espaço vazio que ali dentro existia.



Quem sabe eu possa te encontrar algum dia,

Não me importo se com outros já dividistes a cama,

Pois agora já era, que passado tiveras?

Primavera...

Quem dera chegasse e me mostrasse o caminho,

E mudasse minha vida da água pro vinho.

A fotografia que antes era um vão branco, ganhará mais alegria.

Um simples flash pode irradiar nosso dia.


(Cantarolando sambas)

(Cantarolando sambas)

Visitei sua foto, estampei sua figura...

Loucura?

Quando te encontrei eu já soube,

Que é a imagem perfeita para aquela moldura.


(Murillo Côrtes & Rhayani Paschoalim)

Poente - Murillo Côrtes e Rhayani Paschoalim


Tenho uma blusa de lã
Que dá pra usar mesmo sem sutiã.
Tenho um sério sorriso chocho.
Que não ouso estampar no meu rosto.
Tenho medo de tudo àquilo que é
Resolvido, indestrutível, de muita fé.


Mas nada impede que o meu cachecol,
Me enrole, me esquente, encontre, invente.
Pode cair chuva, ou pode fazer sol,
Que eu me escondo, poente, como um caracol.




Já viajei o mundo inteiro.
Já mostrei os lábios com batom vermelho.
Conheço duendes, fadas, serpentes.
Experimentei cerveja quente, Degustei da aguardente.
E hoje me enxergo como outra mulher,
Que é independente, sem preconceitos e faz o que quer.




Mas nada impede que o meu cachecol,
Me enrole, me esquente, encontre, invente.
Pode cair chuva, ou pode fazer sol,
Que eu me escondo, poente, como um caracol.



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