Quem sou eu

segunda-feira, 2 de novembro de 2009


Um corpo preguiçoso, uma imagem na TV, um sorriso estampado no rosto e a certeza absoluta sobre querer ser feliz.


Uma vontade de ficar ali, quieta, encolhida, perdida num abraço do tamanho exato do meu corpo, eu não quero mais sair dali.


O sono gostoso, o gosto bom, o doce, o amargo, o sal em forma de gotas.
Em tudo e em cada pedacinho de gente hoje me desfaço.


Me desfaço do meio, do quase e do será pra ingressar no que assim seja, vai dar certo.
Fui feliz até onde pude.


Hoje meu corpo se recusa a sofrer, meu sentidos se recusam a sentir dor, meus sentimentos exigem paz, num silêncio quebrado apenas pelo apelo da melodia que o coração compôs em homenagem a vida nova, essa que hoje iniciei.


Hoje meu corpo pede repouso, pede trégua, e com a bandeira de paz hasteada entrego-me aos cuidados daquela que por direito me tem nas mãos, hoje eu me entrego a minha própria vontade.


(Rhayani Paschoalim)

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